segunda-feira, 22 de julho de 2013

Roland Garros: Do eterno "Rafa" ao "acabado" Federer?

A segunda semana de Roland Garros veio demonstrar que a hierarquia do ténis mundial masculino passa por uma importante e indisfarçável mudança. Não do que diz respeito ao dominador no pó-de-tijolo, aí Rafael Nadal demonstrou uma vez mais a sua indisfarçável superioridade, mas sim o(s) seu(s) actual(ais) adversário(s).  Com a definição da grelha dos oitavos-de-final e até ao último dia de competição as conclusões mais importantes foram: 

- Com a vitória (a oitava em nove edições), Nadal registou novo record histórico pois ultrapassou Roger Federer e Pete Sampras que possuem 7 títulos em Wimbledon, mas mais do que isso mostra uma superioridade inquestionável na superfície. E essa marca faz dele o melhor jogador mundial de sempre na superficie. 

- Se até aqui, Roger Federer era o seu principal adversário, a edição deste ano e os torneios preliminares mostraram que o sérvio Novak Djokovic é o seu grande rival, não só em termos directos mas em termos globais. Aquele que pode ser considerado o grande rival, principalmente nesta superfície, já que Andy Murray - o quarto dos mosqueteiros -, mostrou uma vez mais fragilidade nos contornos do seu jogo na terra batida - nas restantes superfícies a realidade é outra. Mas aqui, nem mesmo David Ferrer - que joga e que se farta na superficie - (que o diga Jo-Winfred Tsonga nas meias-finais), conseguiu seja lá o que for do impressionante e "cadente" Rafa Nadal. 


- A confirmação por parte de David Ferrer que é o 5º melhor jogador da actualidade, para mim claro nestas circunstâncias (ou melhor nestas superficies). Faço de Del Potro, como aliás se viu em Wimbledon -, jogador noutro patamar. Mas lá iremos.  

- A decadência de Roger Federer. O suiço pratica bons momentos de ténis mas começa a faltar-lhe consistência dentro do mesmo encontro. 

- A confirmação de uma grande temporada do veterano Tommy Haas que apenas cedeu para Novak Djokovic ainda que em três partidas. Outro vetrano deu nas vistas - falo certamente de Tommy Robredo

- Já, Tsonga venceu Federer nos "quartos" e pareceu estar a um passo da final, mas um "impressionante" David Ferrer retirou-lhe a ambição de chegar ao último dia de competição. Mais uma oportunidade adiada para ele que falta, efectivamente, aquele passo à frente na carreira, ou seja colocar-se de forma repetida em finais dos grandes eventos mundiais, mais especificamente dos 4 Grand Slams. 

Torneio Feminino : Serena Williams a grande vencedora. 

- Onze anos depois, Serena Williams "reergueu" o troféu em Paris. Mas esta prova demonstrou que em circunstâncias normais a "Troicka" Serena - Sharapova e Azarenka são as grandes dominadores do circuito. Branco no preto...

- Não esquecer aqui a tradição e qualidade do actual ténis italiano com três jogadores nos quartos-de-final. Para lá da ex-campeã Schiavone, o presente e o futuro do ténis italiano, Sara Errani e Roberta Vinci. 

- O retorno de Svetlana Kuznetsova e Ana Ivanovic aos quartos-de-final de um Grand Slam, logo num evento em que venceram a prova. 

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