terça-feira, 19 de março de 2013

Barómetro da semana: 18 Março 2013

A semana passada ficou marcada pela disputa do primeiro ATP 1000 da temporada. R. Federer e V. Azarenka não foram capazes de renovarem o título em Indian Wells, o primeiro derrotado nos quartos-de-final pelo espanhol e seu grande rival R. Nadal, a segunda ao sentir dificuldades físicas (lesão num tornozelo) o que lhe valeu a desistência antes de abordar os quartos-de-final. Pela positiva, R. Nadal voltou aos títulos hardcourt, Del Potro intrometeu-se no chamado "Big-4", e M. Sharapova e C. Wozniacki destacaram-se por condicionalismos diferentes.
 
(++) R. Nadal conquistou em Indian Wells o seu 23º título de categoria 1000 - novo máximo -, mas mais do que isso voltou a eventos de hardcourt com um resultado que o próprio mallorquino não contava (recordo que já não vencia nesta superfície há praticamente três anos) .Mais do que o resultado, a intensidade emprestada pelo tenista espanhol foi impressionante, não sendo demais sublinhar as suas vitórias diante de R. Federer, T. Berdych e Del Potro, este último na grande final. Os seus torneios na America do Sul deixavam antever uma vontade do espanhol em experimentar novas sensações, neste momento (algo delicado da sua carreira), com os problemas (crónicos) nos joelhos a darem que fazer ao fisioterapeuta e ao seu tio T. Nadal.  Mas acho que depois de Indian Wells haverá unanimidade numa coisa: o seu regresso não só é importante para o circuito, como os próximos grandes palcos esperam pelos "grandes" com renovadas expectativas.
(+) Del Potro e C. Woznicki é certo que os dois jogadores não venceram os títulos em Indian Wells mas sublinho a importância das suas boas prestações. O argentino registou uma semana de bom nível, ele que tornou-se o primeiro tenista a bater em 2013 (em torneios oficiais), o sérvio N. Djokovic. E nesta altura do campeonato não é para qualquer um. O nº 1 mundial exibe uma solidez tenística e mental muito acima da média e o argentino esteve muito perto de uma exibição impecável. Dotado de uma direita poderosa e um serviço "explosivo", o argentino coloca toda a pressão do seu (longo) corpo em cima das bolas, rechaçando bolas muito pesadas, e dificultando o ténis aos seus adversários. A "Torre de Tandil" precisa de acreditar mais nas suas potencialidades e quiça aproximar-se do "reinado" do Top-4, e quem sabe engrossar o clube dos poderosos.

A dinamarquesa e ex-nº 1 mundial, C. Wozniacki voltou a finais de torneios de categoria "mandatory", e não deixa de ser positivo vê-la nestes palcos. Todavia, é sempre vísivel a forma como acaba por demonstrar fragilidade no seu jogo atacante principalmente contra jogadoras como Sharapova que fazem da sua agressividade um dos seus pontos fortes.
(-) J. Isner e S. Stephens- Os dois norte-americanos ficaram muito aquém das expectativas dos seus compatriotas. O primeiro mais conhecido por ter disputado aquele épico duelo diante de Mahut em Wimbledon, parece mais uma "estrela cadente" do ténis norte-americano capaz de exibições bem conseguidas (não é descartável os seus ases), mas também prestações medíocres. É certo que a sua estatura retira-lhe alguma margem de movimentação no court, mas também é certo que o nº 15 mundial detém pancadas consideráveis e capazes de lhe criar um padrão de jogo interessante. Já, S. Stephens parece mais uma jogadora muito hiper-valorizada pela imprensa norte-americana (depois do último Australian Open), do que propriamente uma super-jogadora. Mas o futuro dirá...

(--) As sérvias As duas ex-nº 1 mundiais carecem de outra "vida" no circuito WTA. Eclipsaram-se completamente das boas prestações. Ana com um padrão de jogo interessante quando carbura bem (bom serviço, muitas das vezes complementado com forte e potente direita), não consegue praticamente duas grandes exibições seguidas. A sua derrota diante de M. Barthel é sintomático. Já, Jankovic, sempre muito reconhecida com forte jogo contra-ofensivo, desapareceu por completo. A seguir próximas prestações..
.

Sem comentários:

Enviar um comentário