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Com 28 anos, Frederico Gil atravessa um momento sensível na sua carreira. Nos últimos tempos, o tenista sintrense tem vindo a sentir várias dificuldades. Muitas vozes acreditam que o melhor momento da sua "vida ATP" já passou e foi precisamente isso que me levou a escrever este artigo. O único português com uma final ATP no seu curriculum (perdeu para A. Montañes a final do Estoril Open, em 2010), é certo que vem denotando muitas dificuldades para se manter no Top, e mais do que isso, depois do inêxito em Pereira (challenger colombiano em que perdeu de entrada para o argentino M. Trungelliti), irá cair para lá do Top-200.
O acesso aos melhores torneios começam a limitar a acção do antigo nº 62 do mundo (Abril de 20 11), mas é certo que Gil tem vindo a tomar decisões importantes. Depois de ter tomado a decisão de deixar Cunha e Silva para treinar em Halle, na Alemanha, a carreira do tenista sintrense esteve longe de tomar um caminho uniforme.
Com óptimas perfomances nos anos de 2010 e 2011, o ano passado foi bastante sintomático da irregularidade de Frederico. Já depois de ter deixado a academia de ténis em solo germânico, em Novembro de 2011 começou a treinar com o espanhol Juan Manuel Esparcio, e se é verdade que a primeira parte da época até conseguiu resultados de realce, a partir do Estoril Open os bons resultados desapareceram. Não nos poderemos esquecer do seu título de pares em Viña del Mar ao lado de Daniel Gimeno-Traver por altura da temporada de terra batida sul-americana. Por altura do Estoril Open e até ao fim de 2012, Bernardo Mota trabalhou com Frederico mas sem os resultados pretendidos. É certo que a deficiente condição física que chegou ao Jamor (devido a uma lesão), limitou-o em termos temporais, mas nem o ténis nem a sua própria confiança voltou aos níveis anteriormente alcançados.
Com o tenista luso a tentar dar a volta aos acontecimentos (a última alteração de fundo foi voltar a trabalhar com Cunha e Silva na última pré-temporada), o ano de 2013 não trouxe nada de bom até ao momento. Começou por abdicar participar no primeiro "Grand Slam" da temporada (Australian Open), para precisamente fazer uma pré-temporada mais acertiva. O que é certo que os primeiros torneios do ano ficaram um pouco à quem. Derrotado pelo italiano G. Naso na derradeira ronda de qualificação em Viña del Mar, e com derrotas acumuladas nas primeiras rondas dos qualifyngs de São Paulo e Buenos Aires, Gil acabou mesmo por desistir dos torneios 1000 norte-americanos (Indian Wells e Miami). O retorno à competição estava por isso a ser rodeado de expectativa, mas a derrota já relatada perante M. Trungelliti, em Pereira, deixa antever várias dificuldades para as semanas que aí vem. Todavia, se é verdade que o momento não é o melhor, certamente existem coisas que não mudam: primeiro, a qualidade de Gil, depois a competência de Cunha e Silva.
Se é verdade que o actual circuito está mais competitivo do que nunca, vamos torcer para que o tenista português volte a jogar o seu melhorPois se isso acontecer a subida no ranking será uma realidade. Não sei se irá ultrapassar os registos já alcançados, mas certamente o colocará num posto mais em conformidade com o seu talento e capacidade de trabalho
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