Começa esta sexta-feira mais uma edição da centenária prova por equipas, a "famosa" Taça Davis. Embora a selecção nacional esteja em acção no Grupo II, os focos de uma forma geral estão mais centralizados no Grupo Mundial. E, aqui há confrontos bem interessantes. Vamos passar aqui uma breve "pincelada" do que pode suceder estes próximos três dias um pouco por todo o mundo. Recorde-se que a Rep. Checa venceu a última edição ao derrotar a Espanha em casa por 3-2.
Canada vs Espanha:
Esta é uma eliminatória que pode ser um "bico d´obra" para o seleccionado espanhol. Isto porque as grandes figuras do ténis do pais vizinho estão ausentes (Nadal, Ferrer, Almagro ou Verdasco), e por isso Alex Corretja não terá tarefa fácil. Pelo outro lado, Milos Raonic será a grande estrela da companhia, e será acompanhado por dois companheiros do Top-160 mundial (V.Pospisil e F. Dancevic), e pelo nº 4 mundial da vertente de pares: D. Nestor. Grannolers, G.Garcia-Lopez, A. Ramos e M. Lopez terão a dura tarefa de evitar que a finalista do ano passado caia já na 1ª ronda. Ainda assim, a segunda linha espanhola terá boas possibilidades de vencer a eliminatória. Contra o facto de enfrentar o público canadiano.
Itália vs Croácia:
A terra batida do Indoor de Turim será o cenário para uma das eliminatórias que se espera mais equilibradas do Grupo Mundial este fim-de-semana. Todavia, o favoritismo está do lado dos italianos, que terão M. Cilic como o grande adversário. Seppi, Fognini, Lorenzi e Bollelli terão pela frente também Dodig - sempre um jogador duro de bater -, e os jovens Mektic e Pavic, dois jogadores que figuram para lá do Top-250 mundial.
Bélgica vs Sérvia:
Em Charleroi estará o nº 1 mundial e recente vencedor do Australian Open. N. Djokovic é um assumido representante sérvio, e tem todo o orgulho em representar o seu pais. V. Troicki, e a "parelha" Zimonjic e Pashansky fazem companhia a "Nole". Este pais do Balcã deverá estar na 2ª ronda, perante uma Bélgica onde pontifica uma das novas confirmações do circuito: D. Goffin. S. Darcis, R. Bemmelmans e o "veterano" O. Rochus completam o seleccionado da casa.
USA vs Brasil:
O Brasil está de regresso ao Grupo Mundial muitos anos depois. Após ter estado na primeira divisão mundial quando "Guga" esteve no Top-mundial, os "canarinhos" não terão tarefa fácil em solo norte-americano. O irregular mas mais valioso jogador brasileiro, T. Bellucci não deverá ser suficiente para segurar os irmãos Bryan, e os sempre complicados J. Isner e S. Querrey. A segunda linha brasileira não deverá ter chances de brilhar. Serão eles: T. Alves, M. Melo e Bruno Soares.
França vs Israel:
Os gauleses não deverão dar grandes possibilidades aos israelitas de passar em frente. Tsonga, Gasquet, Benneteau e Llodra deverão constituir a equipa triunfante perante os "curtos" argumentos da equipa de Israel, encabeçada por D. Sela.
Argentina vs Alemanha:
A terra batida do Parque da Roca, em Buenos Aires, irá receber um novo e importante compromisso da equipa alvi-celeste. É verdade que o ténis alemão não tem neste momento grandes figuras como já teve no passado, tais como B. Becker ou M. Stich, mas P. Kohlscreiber e F. Mayer deverão oferecer boa réplica. Todavia, o público irá puxar por uma equipa muito dada à terra batida e da qual J. Monaco é a principal estrela, embora D. Nalbandian também estará presente. Será mais do que uma inspiração aos restantes companheiros ou se será algo mais só depois do fim-de-semana é que saberemos. Ligeiro favoritismo da equipam sul-americana.
Kazaquistão vs Áustria:
Talvez, a eliminatória mais desinteressante da ronda. Apenas J. Melzer será o único Top-100 presente em Astana, na terra batida indoor daquele país da Ex-União Soviética. Ainda assim, Kukuskin e Golubev comandam a equipa da casa. Equilibrio é esperado. Na minha opinião, 50% para cada lado.
Suiça vs Rep. Checa:
Esta é uma eliminatória muito esperada. R. Federer não estará presente, pelo que S. Wawrinka é o cabeça-de-cartaz da equipa da casa. Chiudinelli, Lammer e o jovem H. Laaksonen completam a equipa helvética, eles que irão defrontar a selecção que ostenta o título. Berdych é a estrela checa, numa equipa algo desfalcada. Rosol, Minar e Vesely são os companheiros do actual nº 6 ATP. Uma eliminatória muito interessante, que pode perfeitamente ser resolvida no embate entre Wawrinka e Berdych no terceiro encontro de singulares.
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