terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Barómetro da semana: 24 de Fevereiro

Recheada de bons torneios, a semana que passou trouxe algumas figuras emergentes a registos bem interessantes, outros nem tanto. Para avaliarmos os bons e os maus desempenhos dos circuitos, temos já em seguida o segundo capítulo da rúbrica "Barómetro da semana".
 
(++) D. Ferrer: O tenista natural de Javea´muitas das vezes é criticado por ter um ténis demasiado uniforme, sem grandes mudanças de ritmo, e acima de tudo alicerçado na consistência de jogo: é verdade que o nº 4 mundial está longe de ser um "mágico talentoso", mas é sem dúvida um jogador muito raçudo, e com enorme, enorme vontade em vencer. É certo que beneficiou do facto do seu compatriota R. Nadal ter estado bastante tempo inactivo, e graças a isso subiu ao posto nº 4 mundial, mas não esqueçamos que tem atrás dele jogadores como J. M. Del Potro, T. Berdych e outros nomes sonantes, alguns deles com talento q.b para estar à frente de nuestro hermano. Só que existe uma diferença entre o tenista de 30 anos vindo do país vizinho e os já citados competidores: é a sua forte atitude competitiva, e claro o seu prazer em jogar ténis. Atingiu 20 troféus ATP em Buenos Aires, e esta semana prepara-se (veremos se teremos essa possibilidade), de ver mais um "duelo" Ferrer vs Nadal em pó-de-tijolo, na circunstância no ATP 500 de Acapulco, onde está o nosso J. Sousa.
 

 
 (+) J.Jankovic e André Gaspar Murta: Competindo em níveis diferentes, estes são as minhas escolhas para esta categoria por razões antagónicas. A ex-nº 1 mundial fez uma travessia no deserto que durava desde o ano de 2009 (Indian Wells). É certo que não venceu um dos grandes torneios do circuito (Bogota), nem tão pouco bateu uma das jogadoras consagradas (a jovem Ormaechea), mas Jankovic estava a precisar como de pão para a boca um êxito para tentar resgatar uma carreira que a um determinado momento pareceu ser bem mais cintilante do que tem registado. Pelo outro lado, André Gaspar Murta deixou boas indicações em Vale do Lobo, acabou por ultrapassar a fase de qualificação, e apenas sucumbiu nas meias-finais diante de P. Sousa. Um valor a seguir nos próximos tempos, a começar já por esta semana em Loulé.
 
 (-) S. Lisicki: A tenista alemã é um daqueles casos em que não se percebe bem qual o seu "valor padrão". É certo que ostenta 3 títulos WTA mas o seu valor deveria catapulta-la para outros registos. Em Memphis chegou à final perdendo apenas um parcial (para Czink na 2ª ronda), mas acabou por perder (ainda que tenha abandonado por razões fisicas) no encontro decisivo frente à neozelandesa M. Erakovic. Logicamente, que aqui não está em causa a lesão, mas sim o facto de acabar por ceder sempre nos momentos decisivos. Lembro que venceu em 2009 o torneio de Charleston - um dos eventos de categoria Premier -, mas de lá para cá ainda não confirmou o estatuto que muitos reclamam para a actual nº 37 mundial.
 
(--) T. Bellucci: Numa semana em que apareceu muitos anos depois uma jogadora brasileira a disputar uma meia-final de um evento WTA (Teliana Pereira), o nº 1 brasileiro continua a marcar passo no circuito. Com talento a ocupar o Top-20 mundial, o esquerdino "canarinho" demonstra uma vez mais que precisa mentalmente ser outro para corresponder totalmente às suas (e não só) aspirações. Quem não se lembra dos seus duelos com R. Federer (principalmente em Indian Wells em 2012 e também em Basileia), dois confrontos em que apenas sucumbiu em três parciais. A ocupar actualmente o posto nº 37 mundial, Bellucci joga agora onde mais o favorece: no seu continente (América do Sul), na sua superfície favorita - como os brasileiros dizem o "saibro". Condições tem para muito mais. Veremos...
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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