Para os amantes do ténis está por um fio o início da nova
temporada. Depois de 2012 ter revelado o sérvio Novak Djokovic pelo segundo ano
consecutivo como o “rei” do circuito, a época que se avizinha traz sempre novas
expectativas. Quem serão os mais numa temporada como sempre longa e difícil?
Quais as expectativas ? As revelações? As desilusões? E para nós portugueses quais
os compatriotas que irão “emergir”? Estas não são respostas fáceis para dar, todavia, irei pouco a pouco reflectir sobre essas perguntas.
Uma vez mais: Quatro
“galos” para um poleiro
Só um ano algo catastrófico irá “catapultar” um novo jogador
para nº 1 ATP que não tenha no seu bilhete de identidade o nome dos quatro
“mosqueteiros”. Nesta fase do campeonato nem todos certamente lá chegarão, mas
ninguém lhes pode retirar, pelo menos de forma legítima, a ambição de alcançar tal feito. Todavia, para mim, dois partem nitidamente na “pole-position”.
N. Djokovic vs A.
Murray: O novo “duelo” titânico?
Com Roger Federer a eleger cada vez mais os quatro Grand
Slams praticamente como os seus “únicos” objectivos, sobram para os outros três
os “papéis” de os mais “capazes” a terminarem o novo ano no posto mais alto
do ATP World Tour. E nesse particular, se é verdade que “Nole” tem tudo para lá
chegar, também é certo que Andy Murray parte para a nova época como nunca : com uma medalha
de ouro dos “seus” Jogos Olímpicos (Londres), e o “caneco” do US Open do Verão
passado "debaixo do braço". Já Rafael Nadal é uma tremenda incógnita. Mas vamos analisá-los um a um:
Novak Djokovic: O sérvio tem tudo para prosseguir a sua
superioridade no ranking mundial. Não se pode eleger uma pancada de eleição ao comandante do actual ranking, que tem todavia dois argumentos invejáveis no circuito: a sua
capacidade física e a não menos resistência mental. A somar a isso o seu
reportório – gosto particularmente da sua esquerda a duas mãos -; “Nole” tem
logo no inicio do ano uma difícil missão: defender o seu título do Austrália Open,
conquistado a Rafael Nadal num dos mais badalados e espectaculares “duelos” do
ano, que ainda agora vai terminar. Poderá “esgrimir” com Andy Murray o posto de
nº 1 mundial.
Roger Federer: O
tenista helvético ainda não “pendurou a raquete”, mas será quase certa a sua
tendência para tentar estar no seu melhor durante os 4 "majors. "Fedexpress" detém
algo que na história ninguém o conseguiu: “levantar” 17 Grand Slams, e quiçá se
terá ainda dentro dele um 18º título. Fácil,
certamente não é, mas ninguém poderá colocar em causa o ténis apresentado pelo
actual nº 2 ATP nas últimas duas temporadas, nomeadamente a sua intensidade. A
festejar 32 anos em Agosto, Roger ainda irá tentar uma vez mais se “reerguer”.
A acompanhar os próximos episódios…
Andy Murray: Tentando
seguir a lógica das coisas, Andy Murray deverá ser o grande adversário de Novak
Djokovic no que diz respeito à supremacia no circuito. O escocês terá com a
medalha de ouro em Wimbledon, nos Jogos Olímpicos, e com o troféu em Flushing
Meadows, retirado das suas "costas" um grande fardo. Perante uma ruidosa e nem sempre
compreensiva “media” britânica o escocês não só provou a si mesmo ser capaz de
ultrapassar os grandes monstros do circuito ATP nos grandes palcos, como ainda
provou a todos que tem dentro de si ténis mais do que suficiente para chegar a
nº 1 mundial. Ninguém lhe retira neste momento essa possibilidade,
todavia, o “pupilo” de Ivan Lendl terá de agora provar outra coisa: se tem
“carisma” e principalmente resistência mental para seguir em frente na
carreira acumulando títulos.
Rafael Nadal: A
grande incógnita do ano. Sem competir há meio ano, e com um grande ponto de
interrogação no que diz respeito às condições dos seus joelhos, o objectivo de
“Rafa” será chegar em vésperas da sua “favorita” época de terra batida em
grande, mas neste momento tudo é incerto… E o circuito masculino irá por certo
ser um se Nadal se apresentar como nos habituou, ou irá ressentir-se caso o
espanhol apareça como na temporada de 2012.
Para a semana novos textos de antevisão da nova temporada.
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