Tal como no circuito masculino, os torneios WTA voltam em força já esta semana, tendo como palco eventos preparatórios para o primeiro Grand Slam da temporada - Australian Open. Se entre os homens existe uma grande relação de forças nomeadamente entre os 50 a 60 Top-mundiais, ainda que quatro deles comande os grandes palcos da modalidade, no circuito feminino é muito mais complicado fazermos prognósticos. Como uma grande figura do desporto português referiu no passado, "prognósticos só no fim dos jogos", e aqui aplica-se a mesma máxima.
Victoria Azarenka, Maria Sharapova e Serena Williams partem como potenciais nº 1 mundiais ao longo da época, mas mais um bom par de adversárias "sonham" com os mesmos objectivos: á cabeça a polaca Agnieszka Radwanska - tem falhado de forma consecutiva nos grandes palcos mundiais -, e a não menos ambiciosa e numerosa vaga das novas tenístas - Angelique Kerber, Petra Kvitova ou as potenciais "repetentes" Caroline Wozniacki ou Ana Ivanovic, com objectivos imediatos entrarem de novo no Top-10 mundial, mas com condições de irem um pouco mais além...
O "carisma" superioriza-se à consistência ou vice-versa
O ténis feminino e o circuito profissional em particular, passou uma fase em que nem sempre as competidoras que nos habituaram a estarem presentes nas grandes decisões nos grandes eventos mundiais, coincidiam com as comandantes do ranking. Jogadoras que "sentaram-se" no posto mais alto do ranking WTA não chegaram a saborear o "doce paladar" de um torneio do Grand Slam, e isso nem sempre foi bem aceite pela crítica mundial em geral, e pelos adeptos em particular. É certo que jogadoras com o carisma de Martina Navratilova, Steffi Graf ou Monica Seles (para já não irmos ainda mais atrás), "desapareceram" de competição, todavia, as belgas Justine Hénin, Kim Clijters ou as irmãs Williams disfaraçaram essa falta de "classe". Mas parece que o "ressurgimento" de novas jogadoras como Victoria Azarenka (quem se lembra que foi treinada pelo português Antonio Van Grichen), Agniensza Radwanska ou Petra Kvitova fazem de certo modo "sonharmos" com uma verdadeira "coqueluche" do ténis feminino universal em breve, somando ainda as "ressuscitadas" irmãs Williams (em particular Serena) e Maria Sharapova.